Todos os livros eu li pelo app do Kindle e confesso que nem todos eu comprei, alguns eu baixei no site Le Livros e outros no Docero.
Depois de ter lido Acotar super rápido fiquei meio sem saber o que ler e não queria abandonar aquele universo ainda, então comecei Trono de Vidro e custei pra engatar a leitura.
Os livros são bem grandes e são muitos, então quando fiquei meio cansada da história, peguei pra ler um livro mais curto e leve.
Então li Os Números do Amor da Helen Hoang, A Hipótese do Amor (The Love Hypothesis) da Ali Hazelwood e Vermelho, Branco e Sangue Azul da Casey McQuinton. Descobri esses livros pelo explorar do Instagram, perfis que falam sobre livros, esses estão bem hypados.
Vou contar um pouco sobre a história e o que eu achei, então pode ter spoilers a seguir.
Os Números do Amor
A protagonista se chama Stella Lane, tem 30 anos e trabalha como econometrista. Seus pais estão a pressionando por estar solteira, a clássica cobrança por netos e etc. Ela detesta surpresas, toques não solicitados, tecidos duros, mudanças na rotina, música alta, lugares cheios, não entende sarcasmo e tem dificuldade de se relacionar com o sexo oposto. A família chama de dificuldades e ela não gosta que as pessoas saibam sobre porque começam a tratar ela diferente. Então ela resolve contratar um acompanhante e simular um relacionamento, assim ela vai se sentir mais confortável na hora de conhecer alguém.
Ela contrata Michael Phan, filho de uma vietnamita e um americano, dizem que ele se parece com o ator coreano Daniel Henney. O pai abandonou a família e ele tem problemas com a relação com ele. Claro que eles vão se apaixonar, vamos descobrir mais sobre cada um deles, o que o pai de Michael fez e sobre autismo de alta performance, antes conhecido como Síndrome de Asperger.
No fim do livro, a autora fala sobre sua pesquisa sobre autismo por causa da filha e dela mesmo, sobre como o autismo se manifesta diferente em homens e mulheres, e a dificuldade de diagnóstico principalmente em mulheres. Ela indica os livros Aspergirls de Rudy Simone, Everyday Aspergers, de Samantha Craft, Olhe nos meus olhos de John Elder Robison, O que me faz pular de Naoki Higashida. E lembra que não existe um padrão, cada pessoa do espectro autista tem características e experiências únicas.
Lembrando que é um livro +18, com palavrão e descrições sexuais.
Gostei que a personagem é muito realista, bem pesquisada e embasada, não é um estereótipo. Curti a construção do relacionamento e como Michael lida com as dificuldades de Stella, mas achei bem chato e cansativo a repetição dele sobre não ser como o pai, sem contar logo sobre o pai.
A Hipótese do Amor
Não dei muito por esse livro e curti, mesmo ele sendo ambientando em um local que me traz lembranças ruins e difíceis.
Olive Smith tem 26 anos e está fazendo pós graduação em Stanford, sua pesquisa é sobre detecção precoce de câncer no pâncreas. Ela beija o primeiro cara que aparece certa noite, em um plano maluco para convencer sua amiga que não está mais interessada em um cara, já que ela sabe que os dois estão interessados um no outro. O problema é que o cara escolhido ao acaso acabou sendo o professor Dr. Adam Carsen, e ele não tem uma boa fama na faculdade.
A história é ambientada na faculdade, em meio a pesquisas e experimentos, me lembrou a minha época de faculdade, quando estava fazendo os experimentos e escrevendo meu TCC. Foi o momento que eu me senti mais academicamente incapaz, que eu não conseguiria. Lembro de estar andando no corredor do departamento de Bioquímica, com uma grade cheia de tubos de ensaio precisando da caridade de alguém, porque o aparelho do laboratório que eu estava estragou, e eu não podia desperdiçar o que eu tinha preparado.
Mesmo assim, eu adorei a história, o namoro fake dos dois, como eles vão se aproximando. Quanto a diferença de idade dos personagens, não é uma história romantizando a aluna apaixonada pelo professor. Olive tem 26 anos e Carsen 34, ela é uma aluna de pós graduação e ele nem é professor dela, ele trabalha em outro departamento.
Gostei quando descobrimos o passado dos personagens e da representatividade da história.
Outro livro +18, com bastante palavrão e uma cena de sexo.
Vermelho, Branco e Sangue Azul
Alex Claremont-Diaz é o filho da presidenta dos Estados Unidos, ele é meio texano e meio mexicano, tem 21 anos e sempre achou que era hétero, até algo acontecer envolvendo o príncipe da Inglaterra, Henry, de 23 anos. Eles sempre se odiaram, e quando acontece uma confusão no casamento de Philip, eles são obrigados a se aproximarem.
Adorei a representatividade latina, LGBT+, as discussões sobre imigrantes, homofobia, política, relacionamentos e família.
Esse livro é +16, achei curioso que o Alex fala muito palavrão, mas na hora que acontece algo entre eles, a autora não descreve nada, acho que ela quis "pegar mais leve".
Sempre leio os agradecimentos e a autora deixa uma mensagem bem bonita:
O que eu pretendia fazer, e tomara que eu tenha feito agora que você terminou de ler, meu caro leitor: ser a faísca de alegria e esperança de que você precisava.
O livro tem um tom otimista, não é o gay sofredor, que é mal tratado pela família, é um romance bem fofo!
Esses foram alguns dos últimos livros que eu li, logo conto sobre minhas outras leituras!
E vocês, o que tem lido? Gostam da experiência de ler por app/ e-reader ou só costumam ler livros físicos?
Beijos e até o próximo post!
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