Resenha de A Herdeira de Kiera Cass

em sexta-feira, 14 de agosto de 2015


Vamos então a mais uma resenha dos livros da Kiera Cass!
A história se passa 20 nos após a A Escolha, Maxon e América tem 4 filhos, os gêmeos Eadlyn e Arhen, sendo que ela nasceu primeiro e ele 7 minutos depois, sendo a primogênita e futura rainha (o rei mudou a lei para que ela pudesse ter o trono, independente de se casar ou qualquer coisa). Ainda tem Kaden de 14 anos e Osten de 10 anos.


É interessante como a autora faz questão de ter personagens femininas fortes, que não se abalam facilmente, que tem cargos de importância geralmente assumidos por homens, que não dependem dos homens ou estão a margem deles, são independentes. Gosto de não ter isso de com mulher é de uma forma e com homens é de outra, a Seleção de Eadlyn é como a do pai, não existe no livro diferença entre homens e mulheres!

Alguns personagens estão presentes aqui e é irritante a princesa não saber do valor deles e de como sofreram para chegar onde estão! Marlee é conselheira de América e mora no palácio, seu quarto e dos filhos é no mesmo da Família Real, ela teve dois filhos com Carter, Kile e Josie.
Já Lucy se casou com Aspen, que agora é general, mas não consegue ter filhos, o que a entristece muito! Me deu uma alegria quando Eadllyn chamou Lucy de madame, já que antes ela sequer pensava em ser chamada de senhorita. É triste que ela não consiga ter algo que quer tanto, eu amo a personagem, é sem dúvida minha preferida!
May aparece como tia May e é muito animada e engraçada, traz luz e alegria onde entra!

Da princesa eu não gostei muito! Sempre reclamando dos 7 minutos de diferença entre ela e o irmão, como seus irmãos não precisam se preocupar com nada, o peso de governar Illéa está nas suas costas, é muita pressão! Se preocupa demais com vestidos e joias. Achei ela mesquinha, metida, mimada! Mas calma gente, ela melhora com o tempo! E dá pra entender o lado dela um pouco, ela tem muita pressão sobre si, mas poderia reclamar menos!

Ela pensa que se sacrifica muito pelo seu povo, mas apenas fica no palácio, lendo documentos, conversando com o pai, aí quando ela se cansa, pede uma massagem, toma sol ou banho de banheira! Aff, se enxerga garota! Abre os olhos pra realidade do povo!

Spoiler

Em um desfile, algumas pessoas jogam comida nela, e ela se sente ultrajada pelo “seu povo” não gostar dela, como se isso fosse impossível!

As castas não existem, mas nem por isso os sete ou oito deixaram de ser maltratados, os de castas baixas não ascenderam, apesar de tudo muitas pessoas ainda pensam em cada um como pertencente a uma casta e por isso melhor ou pior que outros.


A ideia de uma nova Seleção partiu de Maxon, o objetivo é acalmar os ânimos, ajudar na moral do povo e achar alguém para dividir o fardo de governar Iléa. Para Eadlyn é um sacrifício, uma maldade ela ter que participar disso, ela acha que é muito nova pra casar e não quer escolher ninguém! Ela aceita com algumas condições: todos podem abandonar quando quiserem e se não achar ninguém interessante em 3 meses, a Seleção será cancelada. A ideia de Eadlyn é sabotar a Seleção.

Kile Woodwork é selecionado, apesar de não ter se inscrito e não se dar bem com Eadlyn, ele mora no palácio e sabem como ela é. A atitude dele lembra a de América, falando as verdades na cara da família Real sem se importar! Hehe E como América, começa sendo um amigo, mas algo mais começa a acontecer.

Spoiler

Achei meio forçado, mas eles se beijam e ela começa a notar qualidades nele, mas não se apaixona. Quando ela está estressada eles se beijam, rola uns amassos, mas é isso! Eles não têm aquela relação de namorados, não tem muito carinho ali, só uns beijos mesmo, ele é a fuga dela.
Mais uma vez, Maxon fazia algo semelhante com Celeste e não era condenável ou absurdo, e aqui é da mesma forma. Não é porque ela é mulher que não pode beijar outros garotos/selecionados sem estar completamente apaixonada ou ser o escolhido.

No decorrer do livro comecei a gostar mais da princesa, apesar de discordar da opinião dela de que como futura rainha não deveria ser vulnerável, precisar de alguém ou demonstrar seus sentimentos. Ela é muito fechada e reluta em se mostrar um pouco aos selecionados, dificultando se conhecerem melhor. Ela pensa que o amor é uma fraqueza e ela como sendo a pessoa mais poderosa, não deve demonstrar fraqueza. Ela teme que ao se apaixonar e se casar ela será menos, que ficará sujeita a outra pessoa, menos forte e independente, daí não se abrir ou entregar parte de si.

Mas a cada encontro e a cada Jornal Oficial vamos descobrindo mais sobre ela e sobre os selecionados e temos um pouco de romance! Hehe


Achei sacanagem América e Maxon nunca terem contado mais detalhes sobre a Seleção dele, como se apaixonaram e como América era diferente, de como os dois se sentiam em sua posição de selecionado e selecionador, sobre as outras selecionadas, de como no fim todos se tornaram amigos. Acho que facilitaria para ela saber melhor como é a experiência.

Uma parte fofa é a relação de amor entre os irmãos, como principalmente Arhen quer proteger a irmã mesmo sabendo que ela é durona e poderia dominar o mundo se quisesse. A cena dos quatro deitados na cama após um incidente mostrando apoio à irmã é muito fofo! Quando acontece alguma coisa a primeira pessoa que vem à mente de Eadlyn é seu gêmeo.

A maior preocupação e motivação da princesa é seu pai, ela começa a notar que ele está envelhecendo, tem muitas preocupações e teme ter que governar sem ele.
No fim a princesa ganhou minha simpatia, ela começa a mudar, mostrar mais carinho e compaixão, algumas coisas aconteceram nas últimas páginas e me deixou louca pelos próximos livros apesar de achar que a situação criada foi forçada!

Spoiler

Algumas agitações estão acontecendo por Illéa, as pessoas estão contra a monarquia, mas principalmente não gostam da princesa.
Arhen se casa com sua namorada francesa, que por ironia do destino é filha de Daphne, e como ela será Rainha e ele príncipe-consorte o dever dele passa a ser com a França, precisa morar lá, Illéa agora é para visitas!
América sofre um ataque cardíaco e fica entre a vida e a morte, Maxon fica sem chão!
E esse é o fim do livro, acaba assim, do nada!

De forma geral, gostei do livro, mas não me apeguei a personagem, não torço por ela sabe?!
Foi interessante ver o outro lado da Seleção, antes víamos como é ser uma Selecionada e agora é como entender um pouco como foi para Maxon.
A ideia de igualdade de gêneros é interessante, mas Eadlyn é uma chata em boa parte do livro!

Então é isso, contem aí nos comentários se vocês já leram ou querem ler!

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