Vamos então a mais uma resenha dos livros da Kiera Cass!
A história se passa 20 nos após a
A Escolha, Maxon e América tem 4 filhos, os gêmeos Eadlyn e Arhen, sendo que
ela nasceu primeiro e ele 7 minutos depois, sendo a primogênita e futura rainha
(o rei mudou a lei para que ela pudesse ter o trono, independente de se casar
ou qualquer coisa). Ainda tem Kaden de 14 anos e Osten de 10 anos.
É interessante como a autora faz
questão de ter personagens femininas fortes, que não se abalam facilmente, que
tem cargos de importância geralmente assumidos por homens, que não dependem dos
homens ou estão a margem deles, são independentes. Gosto de não ter isso de com
mulher é de uma forma e com homens é de outra, a Seleção de Eadlyn é como a do
pai, não existe no livro diferença entre homens e mulheres!
Alguns personagens estão
presentes aqui e é irritante a princesa não saber do valor deles e de como
sofreram para chegar onde estão! Marlee é conselheira de América e mora no
palácio, seu quarto e dos filhos é no mesmo da Família Real, ela teve dois
filhos com Carter, Kile e Josie.
Já Lucy se casou com Aspen, que
agora é general, mas não consegue ter filhos, o que a entristece muito! Me deu
uma alegria quando Eadllyn chamou Lucy de madame, já que antes ela sequer
pensava em ser chamada de senhorita. É triste que ela não consiga ter algo que
quer tanto, eu amo a personagem, é sem dúvida minha preferida!
May aparece como tia May e é
muito animada e engraçada, traz luz e alegria onde entra!
Da princesa eu não gostei muito!
Sempre reclamando dos 7 minutos de diferença entre ela e o irmão, como seus
irmãos não precisam se preocupar com nada, o peso de governar Illéa está nas
suas costas, é muita pressão! Se preocupa demais com vestidos e joias. Achei
ela mesquinha, metida, mimada! Mas calma gente, ela melhora com o tempo! E dá
pra entender o lado dela um pouco, ela tem muita pressão sobre si, mas poderia
reclamar menos!
Ela pensa que se sacrifica muito pelo seu
povo, mas apenas fica no palácio, lendo documentos, conversando com o pai, aí
quando ela se cansa, pede uma massagem, toma sol ou banho de banheira! Aff, se enxerga
garota! Abre os olhos pra realidade do povo!
Spoiler
Em um desfile, algumas pessoas
jogam comida nela, e ela se sente ultrajada pelo “seu povo” não gostar dela,
como se isso fosse impossível!
As castas não existem, mas nem
por isso os sete ou oito deixaram de ser maltratados, os de castas baixas não
ascenderam, apesar de tudo muitas pessoas ainda pensam em cada um como
pertencente a uma casta e por isso melhor ou pior que outros.
A ideia de uma nova Seleção
partiu de Maxon, o objetivo é acalmar os ânimos, ajudar na moral do povo e
achar alguém para dividir o fardo de governar Iléa. Para Eadlyn é um
sacrifício, uma maldade ela ter que participar disso, ela acha que é muito nova
pra casar e não quer escolher ninguém! Ela aceita com algumas condições: todos
podem abandonar quando quiserem e se não achar ninguém interessante em 3 meses,
a Seleção será cancelada. A ideia de Eadlyn é sabotar a Seleção.
Kile Woodwork é selecionado, apesar
de não ter se inscrito e não se dar bem com Eadlyn, ele mora no palácio e sabem
como ela é. A atitude dele lembra a de América, falando as verdades na cara da
família Real sem se importar! Hehe E como América, começa sendo um amigo, mas
algo mais começa a acontecer.
Spoiler
Achei meio forçado, mas eles se
beijam e ela começa a notar qualidades nele, mas não se apaixona. Quando ela
está estressada eles se beijam, rola uns amassos, mas é isso! Eles não têm
aquela relação de namorados, não tem muito carinho ali, só uns beijos mesmo,
ele é a fuga dela.
Mais uma vez, Maxon fazia algo
semelhante com Celeste e não era condenável ou absurdo, e aqui é da mesma
forma. Não é porque ela é mulher que não pode beijar outros
garotos/selecionados sem estar completamente apaixonada ou ser o escolhido.
No decorrer do livro comecei a
gostar mais da princesa, apesar de discordar da opinião dela de que como futura
rainha não deveria ser vulnerável, precisar de alguém ou demonstrar seus
sentimentos. Ela é muito fechada e reluta em se mostrar um pouco aos
selecionados, dificultando se conhecerem melhor. Ela pensa que o amor é uma
fraqueza e ela como sendo a pessoa mais poderosa, não deve demonstrar fraqueza.
Ela teme que ao se apaixonar e se casar ela será menos, que ficará sujeita a
outra pessoa, menos forte e independente, daí não se abrir ou entregar parte de
si.
Mas a cada encontro e a cada Jornal
Oficial vamos descobrindo mais sobre ela e sobre os selecionados e temos um
pouco de romance! Hehe
Achei sacanagem América e Maxon
nunca terem contado mais detalhes sobre a Seleção dele, como se apaixonaram e
como América era diferente, de como os dois se sentiam em sua posição de
selecionado e selecionador, sobre as outras selecionadas, de como no fim todos
se tornaram amigos. Acho que facilitaria para ela saber melhor como é a
experiência.
Uma parte fofa é a relação de
amor entre os irmãos, como principalmente Arhen quer proteger a irmã mesmo
sabendo que ela é durona e poderia dominar o mundo se quisesse. A cena dos
quatro deitados na cama após um incidente mostrando apoio à irmã é muito fofo!
Quando acontece alguma coisa a primeira pessoa que vem à mente de Eadlyn é seu
gêmeo.
A maior preocupação e motivação
da princesa é seu pai, ela começa a notar que ele está envelhecendo, tem muitas
preocupações e teme ter que governar sem ele.
No fim a princesa ganhou minha
simpatia, ela começa a mudar, mostrar mais carinho e compaixão, algumas coisas
aconteceram nas últimas páginas e me deixou louca pelos próximos livros apesar
de achar que a situação criada foi forçada!
Spoiler
Algumas agitações estão
acontecendo por Illéa, as pessoas estão contra a monarquia, mas principalmente
não gostam da princesa.
Arhen se casa com sua namorada
francesa, que por ironia do destino é filha de Daphne, e como ela será Rainha e
ele príncipe-consorte o dever dele passa a ser com a França, precisa morar lá, Illéa
agora é para visitas!
América sofre um ataque cardíaco
e fica entre a vida e a morte, Maxon fica sem chão!
E esse é o fim do livro, acaba
assim, do nada!
De forma geral, gostei do livro,
mas não me apeguei a personagem, não torço por ela sabe?!
Foi interessante ver o outro lado
da Seleção, antes víamos como é ser uma Selecionada e agora é como entender um
pouco como foi para Maxon.
A ideia de igualdade de gêneros é
interessante, mas Eadlyn é uma chata em boa parte do livro!
Então é isso, contem aí nos
comentários se vocês já leram ou querem ler!
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